domingo, 24 de junho de 2007

POEMA Nº 5

Dedilhar uma canção,
antes que o sol queime a noite,
invada a sala com seus raios,
ensolarando cada borda, cada fresta.

Criança, caminhava
sem camisa,
sem sapatos,
sem amarras,
era um animal correndo pelo sertão
do quintal limitado.

Criança, escalei o portão dos limites,
alpinista inveterado,
e com a ajuda do ferro retorcido,
saltei à rua esplêndida de sonhos.
Fugi de feras, em regiões pantanosas
e cheguei sedento a um riacho,

guiado por um gigante de cabeça nas nuvens.

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