sábado, 23 de junho de 2007

POEMA Nº 3

Saber o sabor da presença,
sem lentes, aros,
concentração.

Ouvir a respiração flutuando,
anêmona deslizando pelo mar,
até os olhos arderem,
cansados.

Vestir os olhos,
cobrir as pálpebras crescidas,
antes que a luz seja apagada.

Naquele dia,
diante da angústia,
fiz um barco de papel e
naveguei até uma ilha,
formada por bancos de areia.

O tempo é cercado por água.

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