sexta-feira, 12 de outubro de 2007

TRÊS ANOS, TRÊS DÉCADAS...

(Para Claudia, amor sublime!)


Três anos que parecem três décadas!
Senti o gosto de seus lábios naquela noite envolvente,
O fim de uma longa espera num momento reluzente,
O êxtase prolongado, o frescor renovado, o amor conquistado.

Três anos que parecem três décadas!
Juntos, sinto-me forte, sereno, sou um novo homem.
Juntos, a solidão e a depressão enfraquecem, e somem.
Juntos, a brisa é vento, o sono é descanso - tudo é alento.

Três anos que parecem três décadas!
Ao seu lado, escrevo com paixão.
Ao seu lado, cultivo a emoção.
Ao seu lado, valorizo a expressão.

Três anos que parecem trés décadas!
Nosso namoro-casamento é a maior alegria da minha vida.
Nosso casamento-namoro é a melhor inspiração recebida.
Nosso namoramento ou casamoro é a expansão do amor.

Três anos que parecem três décadas!
Anos que fluem, abarcando épocas.
Anos que unem, transformando vidas.
Anos que redimem - maneiras compreendidas.

Três anos, três décadas...

sábado, 4 de agosto de 2007

OLHAR PARA O PRESENTE

Olhar para o presente, sorrindo ternamente,
Deixando no esquecimento tudo o que foi.
Ter na lembrança somente o que não dói,
Vivendo e sentindo cada instante, alegremente.



Esperar pelo que virá, querendo o melhor,
Sem desistir, sem desanimar, mas acreditar...
Acreditar no que virá: o contentamento maior,
Que é real e completo, não é possível inventar.



Olhar para o presente, sorrindo suavemente,
Deixando no esquecimento tudo o que entristece.
Ter na lembrança somente o que fortalece,
Vivendo e apreciando cada instante, simplesmente.

segunda-feira, 23 de julho de 2007

TÃO JÁ?

(Em memória do poeta Bruno Tolentino)

Tão já, poeta-filósofo? A poesia fica menos.
Não haverá teu verbo refletindo sobre o sobre,
acima dos andares do edifício da palavra,
entre os andares do artifício da idéia.

Não a composição estratosférica, despojada de silêncio.
Não a lasca de uma estrela cintilante,
rompendo o céu numa chuva perene.

Tão já, poeta-síntese? A poesia lacrimeja.
Aonde sua expressão antagônica,
fuga das atrocidades,
pedra angular da vida,
ironia?

Tão já, poeta-poema? A poesia chora.
Não haverá teu nome,
Bruno Tolentino,
cravado em poemas de luz noturna,
Não sua imaginação provocadora,
inteligência viva.

Resta o descanso de sua poesia,
idéia da existência, resistência ao banal,
expressão da voz metafórica.

Resta o descanso de sua poesia,
apreciando-a sem engasgar-se
com as lágrimas de sua lembrança.

27/6/2007

quarta-feira, 4 de julho de 2007

OFERTE-ME (4)

oferte-me a abóbada da noite,
disposta num candelabro,
e a lua brilhará em sua face,
e sorrisos florescerão em seus lábios,
e cometas riscarão o céu,
e embalarei-a nos braços,
e suspirarei uma canção de amor.

oferte-me a galáxia de seus cabelos,
flutuando em riachos sobre meu rosto,
e a Terra girará musicalmente,
bailando sobre o infinito,
e o sol aquecerá seu corpo,
derretendo-o numa chuva de néctar,
formando uma cortina desenvolta.

oferte-me o encantamento de seus olhos,
montanha reerguida sobre o oceano,
horizonte rubro, entardecer crepitante,
cisnes deslizando sobre a correnteza,
e os instantes congelarão,
e as rochas retornarão ao pó,
e caminharemos juntos pelas épocas vindouras.